sábado, 20 de agosto de 2011

História do Batuque

A estruturação do Batuque no estado do Rio Grande do Sul deu-se no início do século XIX, entre os anos de 1833 e 1859 (Correa, 1988 a:69). Tudo indica que os primeiros terreiros foram fundados na região de Rio Grande e Pelotas.Tem-se notícias, em jornais desta região, matérias sobre cultos de origem africana datadas de abril de 1878, (Jornal do Comércio, Pelotas). Já em Porto Alegre , as noticias relativas ao Batuque, datam da segunda metade do século XIX, quando ocorreu a migração de escravos e ex-escravos da região de Pelotas e Rio Grande para Capital. Lembrando sempre que a língua usada é a Yoruba. Cabe enfatizar e esclarecer que, o Batuque "não" é um segmento do candomblé baiano, muito ao contrário, tendo liturgia e fundamentos próprios, nada semelhantes ao candomblé.
Os rituais do Batuque seguem fundamentos, principalmente das raízes da nação Ijexá, proveniente da Nigéria, e dá lastro as outras nações como o Jêje do Daomé, hoje Benim, Cabinda(enclave Angolano), Oyó Nagô, também, da região da Nigéria.
O Batuque surgiu como diversas religiões afro-brasileiras praticadas no Brasil, tem as suas raízes na África, tendo sido criado e adaptado pelos negros no tempo da escravidão. Um dos principais representantes do Batuque foi o Príncipe Custódio de Xapanã. O nome batuque era dado pelos brancos, sendo que os negros o chamavam de Pará. É da Junção de todas estas nações que se originou esta cultura conhecida como Batuque, e os nomes mais expressivos da antiguidade e de tempos atuais que de uma maneira ou de outra contribuíram para a continuidade dos rituais foram:
Cabinda— Waldemar Antônio dos Santos de Xangô Kamuká(considerado Rei da nação de Cabinda); Maria Madalena Aurélio da Silva de Oxum, Palmira Torres de Oxum, Pai Henrique de Oxum, Pai Romário de Oxalá, Pai Gabriel da Oxum,Mãe Marlene de Oxum, Pai Cleon de Oxalá, Paulo Tadeu do Xângo Toqui,Pai Jango de Xapanã, Pai Mário da Oxum, Pai Nazário do Bara,Mãe Magda de oxum, Pai Alberto de Xango,Pai Adão de Bará, Pai Vilmar de Oxalá, Pai Luiz Carlos de Oxum, Pai Carlos de Aganjú, entre outros.
Os Orixás cultuados são os mesmas em quase todos terreiros, os assentamentos tem rituais e rezas muito parecidos, as diferenças entre as nações é basicamente em respeito as tradições próprias de cada raiz ancestral, como no preparo de alimentos e oferendas sagradas. O Ijexá é atualmente a nação predominante, encontra-se associado aos rituais de todas nações.
— Mãe Chininha de Xangô, Príncipe Custódio de Xapanã, João Correa de Lima (Joãozinho do Exú By) responsável pela expansão do Batuque no Uruguai e Argentina, Pai Betinho de Xapanã, Zé da Saia do Sobô, Loreno do Ogum, Nica do Bará, Alzira de Xangô, Pai Pirica de Xangô;Mãe Dada de Xangô; Leda de Xangô; Pai Tião de Bará; Pai Nelson de Xangô, Pai Vinícius de Oxalá entre outros.
— Mãe Emília de Oyá Lajá, princesa Africana , Pai Donga da Yemanjá, Mãe Gratulina de xapanã, Mãe "Pequena" de Obá, Mãe Andrezza Ferreira da Silva, Pai Antoninho da Oxum, Nicola de Xangô, Mãe Moça de Oxum, Miguela de Xangô, Acimar de Xangô, Toninho de Xangô e Tim de Ogum, entre outros.
— Paulino de Oxalá Efan, Maria Antonia de Assis (Mãe Antonia de Bará), Manoel Matias (Pai Manoelzinho de Xapanã), Jovita de Xangô; Miguela do Bará, Pai Idalino de Ogum, Estela de Yemanjá, Ondina de Xapanã, Ormira de Xangô, Pedro de Yemanjá,Pai Tuia de Bará,Pai Tita de Xangô; Menicio Lemos da Yemanjá Zeca Pinheiro de Xapanã, Mãe Rita de Xangô Aganju,entre outros.
— Imbrain de Oyá, Volni de Ogun, Enio Gonçalves de Ogun, Leda Feijó de Oxum, Norma Feijó de Xangô, João Pinho de Xangô, João Cunha de Xangô, Veleda de Bará Adague, Arminda de Xapanã, Vó Lúcia , Zé Coelho de Odé, Professor Lino Soares de Odé, Albertina de Bará, Vó Diva de Odé, Vô Lourenço de Odé, Gersom de Oxalá, Eurico de Olufon, entre outros.
 
 
 

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