domingo, 21 de agosto de 2011

Lenda de Xangô

Xangô nasce do poder e morre em nome do poder. Rei absoluto, forte e imba tível. O seu prazer é o poder Xangô é o rei entre todos os Orixás. É um Orixá de fogo. Por sua origem real, Xangô é o Santo da Justiça, castigando com o raio. Ele é também conquistador; possui as três esposas: Oba a mais velha e menos amada; Oba a mais velha e menos amada; Oxum, que era casada com Oxossi e por quem Xangô se apaixona e faz com que ela o abandone; e Iansã. Esposa dedicada e forte guerreira, que precede o marido nas batalhas e, por ser dona do raio, deu o fogo a seu amado Xangô comandando as forças da natureza que se caracterizam pela violência: o trovão, o raio (o fogo sobrenatural do céu), atira pedras do céu.
Destacando-se pela sua valentia e lideran ça castiga mentirosos, infratores e ladrões. Por isso a morte pelo raio é considerada infame, assim como uma casa atingida por uma descarga elétrica é tida como marcada pela ira de Xangô. Xangô tem pavor da morte. Na África sob seus aspectos, histórico e divino.
A filha de Elempe, rei dos Tapás, que havia firmado uma aliança com Oranian. Xangô cresceu no país de sua mãe, indo instalar-se mais tarde, em Kòso (Kossô), onde os habitantes não o aceitaram pelo seu cará ter violento e imperioso; mas ele conseguiu, finalmente, impor-se por sua força. Em seguida, acompanhado pelo seu povo, dirigiu-se para Oyó, onde estabeleceu um bairro que recebeu o nome de Kossô.
Conservou, assim, seu título de Obá Kòso, que, com o passar do tempo, veio a fazer parte de seus oríkì. Xangô, no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, divinizado porém, tendo Yamase como mãe e três divindades como esposas: Oyá, Oxum e Obá. Xangô é o irmão mais jovem, não somente de Dadá-Ajaká como também de Obaluaiyè.
Entretanto, ao que parece, não são os vínculos de parentesco que permitem explicar a ligação entre ambos, mas sua origem co mum em Tapá, lugar onde Obaluaiyè seria mais antigo que Xangô , e, por deferência para com o mais ve lho, em certas cidades como Seketê e Ifanhim são sempre feitas oferendas a Obaluayiè na véspera da celebração das cerimônias para Xangô. Xangô, é viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores, razão do que de sobra, para ser denominado, deus da justiça. Os èdùn àrá (pedras de raio - na verdade, pedras neolíticas em forma de machado), são consideradas ema nações de Xangô, e são colocadas sobre um odó - pilão de madeira esculpida -, consagrado à Xangô. Seu símbolo é oxé - machado de duas lâminas - lembra o símbolo de Zeus em Creta.
Esse oxé parece ser a estili zação de um personagem carregando o fogo sobre a cabeça; este fogo é, ao memso tempo, o duplo macha do e lembra, de certa forma, a cerimônia chamada ajere, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma vasilha cheia de furos, dentro da qual queima um fogo vivo; e, em uma outra cerimônia, chama da àkàrà, durante a qual engolem mechas de algodão embebidas em azeite de dendê em combustão. É uma referência à lenda, segundo a qual Xangô tinha o poder de escarrar fogo graças a um talismã que ele pedira à Oyá buscar no território bariba.
Seu maior símbolo - machado de lâmina dupla(oxé); meteorito. • Suas plantas - folha de Xangô (comigo-ninguém-pode ), quiabo, cambará, sabugueiro. • Seu dia - Segunda-feira, Quarta-feira • Sua cor - Vermelho e Branco • Seu mineral - Aço • Seus elementos - Fogo. • Saudação - Cão Cabiecilê! • Domínios - O fogo celeste: raio, trovão, meteorito. • Comidas - Amalá, rabada, zorô, bobó, milho assado. Fruta de conde. • Animais - Jabuti • Quizilas - Doença e Morte • Características - autoritário, severo, justiceiro, líder maduro; egocêntrico, mandão. • O que faz - Corrige injustiças, protege contra catástrofes. • Riscos de saúde - Hipertensão e suas conseqüências; nevralgias e tensão.
Arquétipo dos filhos - São pessoas voluntariosas e enérgicas, altivas e conscientes de sua importância real ou suposta. Das pes soas que podem ser grandes senhores, corteses, mas que não toleram a menor contradição, e, nesses sensí veis ao charme do sexo oposto e que conduzem com tato e encanto no decurso das reuniões sociais, mas que podem perder o controle e ultrapassar os limites da decência. Enfim, o arquétipo de Xangô é aquele das pessoas que possuem um elevado sentido da própria dignidade e das suas obrigações, o que as leva a se comportarem com um misto de severidade e benevolência, segundo o humor do momento, mas sabendo guardar, geralmente, um profundo e constante sentimento de justiça".

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