domingo, 21 de agosto de 2011

Rezas de Nação

http://www.orixas.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=56&Itemid=106
Quem quiser consultar ou ver um pouco mais sobre as rezas cantadas de cada orixá veja neste site é muito interessante e até mesmo para você saber como são as rezas .
São diferentes mais você irá gostar.

Axé de fala e um pouco mais sobre o batuque

No rio grande do sul, o candomblé popularmente conhecido como batuque ou nação. O batuque é uma religião de fundamento e cultura africana, proveniente da junção de raízes predominantes como oyó (nagô), jêje, ijexá e cabinda.
É muito comum entre as casas (ylés) de batuque, seus zeladores serem identificados como originários de oyó, cabinda, nagô, etc. Porém na verdade, hoje a maioria das casas praticam uma única liturgia e compartilha dos mesmos cantos e fundamentos. Diferenciando apenas algumas existências ou não de qualidades de orixás a serem cultuados. Como exú(bará) legbá, otin(alguns fazem com odé outros só cultuam), etc. Assim como as ordens de xirês e alguns modos de feitura.
Os cantos são na maioria em yorubá, existindo alguns ritmados também em jêje, tocados com a mão em tambores de couro e corda trançada.
No batuque, os orixás são montados com ferramentas, okutás, efos, sacrifícios, etc. Tal como são realizados nas casas de candomblé. Porém, pouquíssimas qualidades de orixás são comuns entre os dois seguimentos.
Entre seus participantes, não são feitos ou designados cargos de santo, onde o babalorixá/yalorixá reina individualmente, exercendo plenos poderes em seus ylés, geralmente de propriedade familiar/carnal.
Não é comum existir ylés com mais de 60 anos, pois geralmente nas cerimônias de axexe, são despachados todos seus ygbás (assentamentos/vasilhas), inclusive os do próprio ilé,  findando o ilé juntamente com seu antigo proprietário.
Porém hoje tem se verificado uma certa mudança em seus costumes pois já existem ilés(casas), onde seus axés permanecem. E,  após consulta a ifá, é escolhido o sucessor do antigo zelador, dando prosseguimento a raiz e a criação e/ou permanência de cargos.
Porém hoje tem se verificado uma certa mudança em seus costumes pois já existem ilés(casas), onde seus axés permanecem. E,  após consulta a ifá, é escolhido o sucessor do antigo zelador, dando prosseguimento a raiz e a criação e/ou permanência de cargos.
O batuque assemelha-se muito as casas de xangô de recife. Onde sua propagação no sul, surgiu através de rio grande e pelotas, cidades berço da cultura afro no estado, devido ao porto e antigas fazendas com um enorme número de escravos, comercializados e mantidos naquela região.
Posteriormente, o mesmo teve sua introdução na capital e com a vinda de um príncipe africano (custódio), onde fixou residência e auxiliou na propagação do culto em porto alegre, difundindo-o nas demais cidades metropolitanas.
No batuque, os orixás raramente são vestidos com adornos, porém os mesmos dançam,  ficam em estado de erê (axéêre/criança), são cultuados, presenteados e louvados com saudações e toques acelerados  dos tambores, especificamente de acordo com os orixás que estão sendo homenageados.
Em algumas festas, são feita encenações, baseadas em lendas dos orixás envolvidos.
Muitos orixás falam após receber permissão, onde são dadas após  alguns anos em observação e preparação, através de testes e cerimônias reservadas, conhecidas como "axé de fala" (cerimônia respectiva onde se utiliza vários rituais como o do kelé, etc).
As festas de batuque não são filmadas, tão pouco pode-se tirar fotos de orixás, (pessoas boladas/incorporadas).
Muitos orixás falam após receber permissão, onde são dadas após  alguns anos em observação e preparação, através de testes e cerimônias reservadas, conhecidas como "axé de fala" (cerimônia respectiva onde se utiliza vários rituais como o do kelé, etc).
As raízes existentes são diagnosticadas através de seus zeladores representantes ascendentes, ao invés dos ilés, como é conhecido no candomblé.
As raízes existentes são diagnosticadas através de seus zeladores representantes ascendentes, ao invés dos ilés, como é conhecido no candomblé.
Os oyés (graus de aprontação), são dados em ciclos de quatro em quatro anos, onde são preparados e entregues os axés pertencentes aos mesmos, com seus fundamentos e ferramentas, como: obés (faca/metal e autorização para o corte através de assentamento de ogun), entre outros como encantamentos de folhas, opelé ifá (jogo de búzios), etc.
É muito comum existir casas de batuque com culto de umbanda, onde muitas vezes são confundidos e até mesmo mesclados, surgindo assim cultos de caboclo e orixás, conhecidos no sul como umbanda cruzada. Geralmente as casas de batuque não trabalham com exús,(festa especícica) algumas vindo a utilizar a umbanda para vincular a união dos mesmos ao axé.
Com exceção dos exús orixás (barás) onde somente incorporam em seus yawos e possuem funções mais específicas como orixás do ylé.
No batuque, os zeladores desconhecem o método de consulta por odú, utilizam um rosário de contas com 07 ou 08 búzios onde os mesmos são marcados pelas caídas em direção ou sobre as contas, conforme os respectivos orixás nelas simbolizadas.
Alguns adeptos e até mesmo sacerdotes despreparados, confundem orixás com caboclos, assim como, ensinam e propagam conhecimentos distorcidos sobre a verdadeira existência de orixá  e sua diferença dos cultos a espíritos.
Como em muitas regiões do brasil, no rio grande do sul tem se verificado  a existência de falsas casas, onde são ensinados e difundidos cultos distorcidos a respeito de nossos orixás, causando grande confusão e até repúdio de pessoas de boa fé.
Nota: hoje, infelizmente, temos nos deparado com uma enorme e litigiosa falta de respeito com a religião e aos orixás.
Vimos cruzeiros(encruzilhadas)  poluídos de aves e lixo, praias repletas de objetos de vidro e plástico, matas poluídas e cheias de material não degradável, sem mencionar na imensa falta de respeito com os simpatizantes que são enganados com falsos babalorixás que nem sequer conhecem onde seu orixá reina e o que representa.
  • pois se orixá é natureza, como podem poluir e estragar  o mesmo ?
  • como podem sujar oxum (rios e cachoeiras) e após, pedir sua energia (axé)?
  • como podem ofender yemanjá (poluindo os oceanos) e depois pedir-lhe proteção e ajuda?
Pois não custa recolher o lixo que utilizam (sacolas plásticos, etc.) Assim como, depositar vossas oferendas e despachar vossos egbós  com materiais biodegradáveis, como papéis ao invés de plásticos e isopores; evitar jogar vidros de perfumes e de quebrar garrafas em praias e avenidas, pois não custa despejar apenas o conteúdo e levar o resto, que o orixá não gosta, aos cestos de lixo.
Contribuindo assim, com nossa cultura e conduta dentro da religião;  ajudando-nos a divulgar a mesma como uma religião limpa, bela e consciente da ética e respeito aos seres e sociedade em geral.
É claro que isso não é praticado pela maioria e certamente, essa minoria que polui e desrespeita a natureza(orixá), não são descendentes de casas e zeladores honrosos, famosos e dignos.

O ritual do batuque

Batuque é uma Religião Afro-brasileira de culto aos Orixás encontrada principalmente no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, de onde se estendeu para os países vizinhos tais como Uruguai e Argentina.
Batuque é fruto de religiões dos povos da Costa da Guiné e da Nigéria, com as nações Jêje, Ijexá, Oyó, Cabinda e Nagô.
A estruturação do Batuque no estado do Rio Grande do Sul deu-se no inicio do século XIX, entre os anos de 1833 e 1859 (Correa, 1988 a:69). Tudo indica que os primeiros terreiros foram fundados na região de Rio Grande e Pelotas. Tem-se notícias, em jornais desta região, matérias sobre cultos de origem africana datadas de abril de 1878, (jornal do comércio, Pelotas). Já em Porto Alegre, as noticias relativas ao Batuque, datam da segunda metade do século XIX, quando ocorreu a migração de escravos e ex-escravos da região de pelotas e Rio Grande para Capital.
Os rituais do Batuque seguem fundamentos, principalmente das raízes da nação Ijexá, proveniente da Nigéria, e dá lastro as outras nações como o Jêje do Daomé, hoje Benim, Cabinda (enclave Angolano) e Oyó, também, da região da Nigéria. O Batuque surgiu como diversas religiões afro-brasileiras praticadas no Brasil, tem as suas raízes na África, tendo sido criado e adaptado pelos negros no tempo da escravidão. Um dos principais fundadores do Batuque foi o Príncipe Custódio de Xapanã. O nome batuque era dado pelos brancos, sendo que os negros o chamavam de Pará. É da Junção de todas estas nações que se originou esta cultura conhecida como Batuque, e os nomes mais expressivos da antiguidade, que de uma maneira ou de outra contribuíram para a continuidade dos rituais foram:
Ijexá — Paulino de Oxalá Efan, Maria Antonia de Assis (Mãe Antonia de Bará), Manoel Matias (Pai Manoelzinho de Xapanã), e Pai Idalino de Ogum entre outros.
Oyó — Mãe Andrezza Ferreira da Silva, Pai Antoninho da Oxum, Mãe Moça de Oxum e Tim de Ogum, entre outros.
Jêje — Mãe Chininha de Xangô, Príncipe Custódio de Xapanã, João Correa de Lima (Joãozinho de Bará) responsável pela expansão do Batuque no Uruguai e Argentina.
Cabinda — Waldemar Antônio dos Santos de Xangô Kamuká; Maria Madalena Aurélio da Silva de Oxum, Palmira Torres de Oxum, Pai Henrique de Oxum, entre outros.
As entidades cultuadas são as mesmas em quase todos terreiros, os assentamentos tem rituais e rezas muito parecidos, as diferenças entre as nações é basicamente em respeito as tradições próprias de cada raiz ancestral, como no preparo de alimentos e oferendas sagradas. O Ijexá é atualmente a nação predominante, encontra-se associado aos rituais de todas nações.
O batuque é uma religião onde se cultuam vários Orixás, oriundos de várias partes da África, e suas forças estão em parte dentro dos terreiros, onde permanecem seus assentamentos e na maior parte na natureza: rios, lagos, matas, mar, pedreiras, cachoeiras etc., onde também invocamos as vibrações de nossos Orixás.
Todo ser humano nasce sob a influencia de um Orixá, e em sua vida terá as vibrações e a proteção deste Orixá que está naturalmente vinculado e rege seu destino, com características individuais, em que o Orixá exige sua dedicação, onde este poderá ser um simples colaborador nos cultos, ou até mesmo se tornar um Babalorixá ou Yalorixá.
Há uma questão de ordem etmológica no Termo Pará, onde afirma-se ser este o outro nome pelo qual é conhecido o Batuque, ora sabe-se que todo frequentador de Terreiros chama na verdade o Peji ou quarto-de-santo de Pará e não o ritual sagrado dos Orixás, este sim o Batuque. Esta questão já está dimensionada desde os anos 50, nas pesquisas etnográficas de Roger Bastide sobre a Religião Africana no Rio Grande do Sul. São consideradas Religiões Afro-Brasileiras, todas as religiões que tiveram origem nas religiões africanas, que foram trazidas para o Brasil pelos escravos. Batuque Candomblé Catimbó Culto aos Egungun Culto de Ifá Jurema sagrada Quibanda Macumba Tambor-de-Mina Umbanda Xangô do Nordeste Xambá As Religiões Afro-Brasileiras são relacionadas com a Religião Yorubá e outras Religiões africanas, e diferentes das Religiões Afro-Caribenhas como a Santeria e o Vodu.
Roupas da cor dos Orixás e fios de contasO culto, no Batuque, é feito exclusivamente aos Orixás, sendo o Bará o primeiro a ser homenageado antes de qualquer outro, e encontra-se seu assentamento em todos os terreiros, no Candomblé o chamam de Exú. Entre os Orixás não há hierarquia, um não é mais importante do que o outro, eles simplesmente se completam cada um com determinadas funções dentro do culto. Os principais Orixás cultuados são: Bará, Ogum, Oiá-Iansã, Xangô, Ibeji (que tem seu ritual ligado ao culto de Xangô e Oxum), Odé, Otim, Oba, Ossain, Xapanã, Oxum, Iemanjá, Oxalá e Orunmilá (ligado ao culto de Oxalá).
E há também divindades que nem todas nações cultuam como: Exú Elegbara, Gama (ligada ao culto de Xapanã), Zína, Zambirá e Xanguín (qualidade rara de Bará) que só os mais antigos tem conhecimentos suficientes para fazer seus rituais.
No Rio grande do Sul a área de conservação das religiões africanas vai de Viamão à fronteira do Uruguai, com os dois grandes centros de Pelotas e de Porto Alegre.
No batuque, os templos terreiros são quase que em sua totalidade vinculados as casas de moradia. É destinado um cômodo, geralmente na parte da frente da construção onde são colocados os assentamentos dos Orixás. Neste local são feitos todos os fundamentos de matanças e trabalhos determinados, oferendas para os Orixás, e o local é considerado sagrado, pessoas vestidas de preto, mulheres em dias de menstruação não entram. Junto à esta parte da casa, chamada de quarto de Santo ou Peji, há o salão onde são realizadas as festas para os orixás.
O estado do Rio Grande do Sul foi o maior responsável pela exportação dos rituais africanos para outros países da América do Sul, entre eles Uruguai e Argentina, que também procuram seguir a maneira de cultuar os Orixás; e a construção dos templos seguem exemplos dos seus sacerdotes. Serão ou Corte aos Orixás.
A Religião Africanista é em seus fundamentos voltada para o passado, mantém até hoje ensinamentos e preceitos, desde o tempo mais remoto, do negro na África e chegou até nós através dos escravos. Sobreviveu a todos os períodos de opressão e perseguição. Daí a enorme importância da obrigação de corte aos Orixás, pois é a preservação da cultura que ao mesmo tempo em que ofertava certos sacrifícios aos Orixás alimentava seu povo com a carne do sagrado. Depois adiantando na linha do tempo, entramos nas casas comuns e nos terreiros em que os animais andavam soltos no pátio e serviam para a subsistência familiar, ainda não existia as facilidades que hoje são disponíveis nos supermercados.
O serão ocorre geralmente na quinta-feira á noite, começa entorno dás 20:00 horas e estende-se muitas vezes até a madrugada, das obrigações de bori e de apronte que serão feitas.
No serão são imolados animais quadrúpedes (aos quais chamamos vulgarmente de quatro-pés) e de aves. As oferendas feitas aos Orixás são de origem animal assim como vegetal (folhas, plantas, grãos) e mineral: os ocutás, a água, etc. Os animais são ofertados os Orixás com o intuito de fortalecer o axé do Orixá assim como a mente e espírito do filho-de-santo através do axorô (sangue do animal) e das inhélas, certas partes dos animais que serão fritas e arriadas no Quarto-de-santo (cabeça, pés, testículo no caso dos quatro-pés e cabeça, pés, pontas das asas, do pescoço e da sambiqueira, pulmões e testículos das aves). A carne dos animais imolados serão preparados em forma de canja, de amalá, assados, enfarinhados e consumido pelo povo durante o período de obrigação e pelas pessoas que comparecerem ao toque, Batuque. Os couros retirados dos animais, depois de preparados são utilizados na confecção dos tambores, instrumentos tocados durante o Batuque. Nada é desperdiçado, por exemplo, no Ilê Centro Africano Reino de Oxum Pandá é grande o número de animais imolados, devido ao grande número de filhos que o Ilê tem, quando não é consumida a totalidade de carne e de comida preparada, o restante é doada a entidades carentes nas proximidades do Ilê.
Preparação do Toque
No dia posterior ao corte, permanecem alguns filhos-de-santo no Ilê para preparem em todos os detalhes o toque que irá acontecer no sábado. As principais atividades acontecem na cozinha, considerada a parte mais importante do Ilê, depois do Quarto-de-santo. É necessário que um filho-de-santo, mais experiente e de extrema confiança do Babalorixá auxilie na organização de tudo que deve ser feito, pois os afazeres são muitos e o tempo escasso.
Além de todas as comidas-de-santo, devem ser feitas comidas tradicionalmente sagradas e significativas que serão servidas ás visitas que são esperadas mais tarde no toque.
Com as aves preparam-se: canja, galinha assada, galinha enfarofada. Com a carne do carneiro faz-se o amalá, comida consagrada ao Orixá Xangô: A carne cozida e desfiada é agregada ao molho com folhas de mostarda picada, servido com pirão de farinha de mandioca. Os cabritos e porcos são assados e servidos em pedaços. Faz-se também canjica de milho branca e amarela, além de uma grande variedade de doces como: sagu, pudim, ambrosia, quindim, docinhos, etc… Para beber serve-se o atã, bebida típica do Orixá Ogum, feita com frutas minusculamente cortadas, misturadas com guaraná e xarope de groselha.Os miúdos dos quatro-pés é cozido e picado de forma bem miúda para se fazer o sarrabulho, uma espécie de farofa temperada com cheiro verde, cebola e os miúdos picados. As filhas de Iansã, ajudadas por outros irmãos fazem o acarajé, comida consagrada ao seu Orixá de cabeça. Havendo disponibilidade faz-se ainda os bolos que serão ofertados pela ocasião do aniversário de assentamento dos Orixás.
A preparação do toque segue com a arrumação do Quarto-de-santo que deve ter: flores, perfumes, as comidas-de-santo, atã, pelo menos uma porção de cada comida que está sendo feita para o povo, frutas, balas enroladas em papéis coloridos, os bolos de aniversário. Além das inhélas e das vasilhas contendo as obrigações e de outros fetiches religiosos. Há ainda a arrumação do salão, onde acontece o toque, e das demais dependências do Ilê que depois da limpeza são organizadas para melhor receber os convidados, Babalorixás e Yalorixás que juntamente com seus filhos-de-santo vêm prestigiar a obrigação. O Mercado
Também faz parte da preparação para o toque a confecção dos mercados que serão distribuídos no final do Batuque.O significado e a explicação desta denominação perdeu-se nos tempos, porém seu significado religioso continua forte.
Os mercados são pacotes onde se colocam as comidas-de-santo para serem ofertados ás visitas simbolizando a distribuição e a extensão do axé de prosperidade, fartura e fraternidade a todos os lares e Ilês.
O axé obrigatoriamente deve ser dividido entre os que compareceram ao toque, principalmente quando o ebó é de quatro-pés. Cada Ilê acondiciona o mercado da maneira que lhe convém: em bandejas, em pacotes, em caixas de papelão, etc, porém o que não muda muito é o conteúdo do mercado.
O mercado deve conter: pedaços de carne de cabrito assada, frutas, bolo, axoxô (milho cozido, pertence á Obá), pipoca (pertence á Bará), batata doce frita em rodelas ou acarajé (pertence á Iansã), doces – quindim, docinhos, balas (pertence á Oxum), farofa de Xapanã (farinha de mandioca pilada com amendoim e açúcar). No final do toque também são distribuídos, bolos, carnes, frutas. O babalorixá, muitas vezes presenteia os Babalorixás e Yalorixás que estão de visita com flores do Quarto-de-Santo, para que sejam colocadas em seus Quarto-de-santo, como sinal de agradecimento pelo comparecimento no ebó. Caso ainda sobre alguma comida ou fruta, deve ser doado a pessoas carentes ou instituições de caridade.O Toque
O toque geralmente inicia ás 23:00 horas, quando todos os filhos-de-santo devem estar presentes e devidamente trajados de seus axós, para auxiliar o Babalorixá ou Yalorixá a recepcionar os visitantes. O início do toque se dá com a chamada: todos em silêncio, ajoelham-se, enquanto o Babalorixá em frente ao Quarto-de-santo, tocando o adjá (espécie de sineta) saúda a todos os Orixás, de Bará a Oxalá, fazendo pedidos de abertura, de paz, saúde e prosperidade a todos os presentes. Os filhos-de-santo respondem com a saudação específica de cada Orixá.
Os alabês (tamboreiros), "puxam" os erís, isto é tocam os tambores enquanto entoam os erís, para que os presentes respondam, e a roda se forma no centro do salão, movimentando-se no sentido anti-horário. Os erís têm coreografias adequadas a cada orixá ou a cada "passagem", (relação da reza com alguma história daquele orixá), por exemplo: nos erís do Orixá Ogum ora dança-se simulando com as mãos o trabalho do ferreiro na forja, ora dança-se simulando a utilização de uma lança, relacionando com Ogum guerreiro.
Todos podem fazer parte da roda, adultos, crianças, iniciados e prontos, porém alguns detalhes devem ser observados. Participam da roda pessoas que estejam de axó (calça comprida para os homens, e no mínimo saia para as mulheres, desde que não seja curta), mulheres em período menstrual não participam do Batuque, mas podem auxiliar na manutenção, na limpeza e na recepção dos convidados. As pessoas que estiverem de luto também não podem participar do ebó, ficando somente na assistência.
Os Orixás que "chegam" usam o centro da roda para dançarem e darem os seus axés, com exceção dos orixás "velhos" que são encaminhados a sentarem-se nos banquinhos a eles destinados. Os erís seguem a hierarquia dos Orixás, sendo de responsabilidade do alabê a exatidão dos erís assim como a ordem dos acontecimentos no decorrer do toque.
Acompanhe a seqüência de tais acontecimentos, segundo a Nação Jêge-Ijexá.
A Saída do Ecó Terminado os Erís de Obá é hora da Saída do Ecó, que nada mais é do que o despacho do axé de Bará, e do ecó de Bará Lanã e do Bará Lodê (alguidar com água, farinha de mandioca e gotas de epô – azeite de dendê) e do ecó de Oxum (Vasilha de vidro com farinha de milho, água, mel e perfume e flores). A saída do ecó simboliza a saída de toda a negatividade que existe no ambiente e nas pessoas presentes prepara o ambiente para os erís dos Orixás de praia, que tem um toque mais brando. Enquanto sai o ecó, os alabês continuam puxando os erís, só que agora puxam os erís dos orixás da rua – Bará Lodê, Ogum Avagã e Iansã Timboá – não há movimento da roda e a assistência evita olhar para o que está acontecendo, virando para a parede. Diz a crença que quem olhar a saída do ecó atrai para si a negatividade ali contida. Roda de Ibeji No Batuque de Quatro-pés há a roda de Ibedjis, no Gêge-Ijexá ela acontece durante os erís de Oxum. É o momento em que as crianças participam da obrigação e as mulheres que pretendem a maternidade ou que estão grávidas fazem os seus pedidos e agradecimentos. Os orixás, principalmente Oxum e Xangô, distribuem aos que estão na roda e na assistência, as frutas, os doces – quindins, merengues, cocadas, bolos – que estão no Quarto-de-santo.Axé dos Perfumes Sendo Oxum a deusa da beleza adora perfumes, espelhos, em seus erís há um momento especial em as Oxuns que estão no mundo recebem vidros de perfumes, leques e espelhos. Dançam felizes, empunhando seus leques e espelhos enquanto outras se banham com perfume e distribuem um axé perfumado as pessoas que estão na roda e na assistência. Este axé faz uma referência sobre a "passagem" em que Oxum está no rio banhando-se, num ritual de beleza e encantamento. Axés dos Presentes Geralmente acontece quase no final do Batuque, os orixás que estão aniversariando "apresentam" seus bolos, tantos os orixás quanto os filhos-de-santo que não se ocupam, mostram a todos o seu bolo com a vela acesa (correspondente aos anos de assentamento do orixá), enquanto são saudados pelos presentes. Depois os bolo são servidos aos convidados e o excedente é distribuído juntamente com os mercados.
São de costume também, os convidados ofertarem presentes ao Orixá do Babalorixá ou Yalorixá por ocasião de seu aniversário de aprontamento. Os presentes mais comuns são: flores, perfumes, doces, utensílios que podem ser usados no dia-a-dia Ilê, etc. É neste momento que o Babalorixá ou o próprio Orixá apresenta á todos o presente recebido.Conforme o Batuque vai acontecendo, os orixás chegam (ocupam-se da consciência e do corpo de seus filhos) e fazem o fundamento da religião, conforme o ensinamento do Babalorixá e da Yalorixá. Feita a obrigação os Orixás "sobem", vão embora. Os orixás são despachados, geralmente por filhos-de-santo mais antigos e experientes do Ilê, porém eles ficam em "axêre" ou "axêro" (No Candomblé são chamados de Erês), estado intermediário entre a ocupação do orixá e da pessoa propriamente dita. Os axêres agem como crianças, tomam refrigerante e adoram fazer brincadeiras com as pessoas, pois seu linguajar é confuso, trocam as expressões como, por exemplo: "tigue" (tigre) quer dizer carro, "confeitaria" quer dizer bolo, "pouco" quer dizer muito, "feinho" quer dizer bonito, e assim por diante. È um momento de descontração, porém deve ser mantido o respeito, pois apesar de fazerem brincadeiras, os axêres ainda conservam a essência do orixá. A Levantação da ObrigaçãoTerminada o período em que a obrigação deve ficar arriada, há a levantação, termo que se refere ao ato de levantar as vasilhas contendo as obrigações de corte que estavam arriadas, limpa-las e guarda-las nas prateleiras dentro do Quarto-de-santo. Mantendo um costume desde o tempo dos escravos, as obrigações são guardadas no Quarto-de-santo e ocultas por cortinas que geralmente tem á sua frente imagens católicas que se referem ao sincretismo religioso, assim como velas, castiçais, comidas de santo, flores e outros objetos sagrados pertencentes aos Orixás. O Peixe A obrigação do peixe é feita pela manhã bem cedinho, e só ocorre em festas grandes, com quatro-pés. Alguém encarregado deve ir ao rio ou ao mercado público e trazer peixes ainda vivos para serem imolados aos Orixás, de Bará á Oxalá, por isso não pode ser uma quantidade muito pequena. Os orixás de frente recebem pintado como obrigação e os Orixás de praia recebem jundiá. No Quarto-de-santo são imolados ao menos um peixe para cada orixá e a ele é destinado: a cabeça, as barbatanas, a cauda e um pouco de axorô (sangue). A carne dos peixes imolados é servida com pirão (ebó) no almoço e deve ser consumida pelos presos (filhos que estão de Obrigação) e pelos que estão na casa, pois o ebó de peixe simboliza fartura e prosperidade.
Uma quantidade maior de peixes é preparada frita para ser servida ao povo que comparecer ao batuque de encerramento ou no Toque do Peixe – toque realizado na noite do corte do peixe, porém com duração mais curta quando serão consumidos o ebó do peixe e peixes fritos, além das comidas dos orixás. Mesa de Ibedji A obrigação da Mesa de Ibedji é feita no Batuque de Encerramento e nas ocasiões em que o Babalorixá ou Yalorixá acharem necessárias. É realizada no início da noite e antecede o Batuque de Encerramento. Dela participam crianças de zero á doze anos, além de mulheres grávidas, ou que queiram engravidar. São "tirados" erís de Bará, de Xangô e Oxum (que representam os Ibedji) e dos orixás velhos. A Mesa de Ibedji é riquíssima de detalhes e constitui uma obrigação religiosa com muito axé e beleza. Significa agradar e reverenciar aos orixás das crianças que simbolizam pureza, paz e prosperidade.
Uma grande toalha branca é colocada ao chão e nela colocam-se 01 gamela de frutas, 01 gamela contendo amalá, flores, 01 quartinha, brinquedinhos, bolo, doces e refrigerantes. As crianças participam em grupos de 06, 12…(números múltiplos de 06, a "conta" de Xangô), sentam-se ao redor da toalha, as menores acompanhadas por um adulto. Servem-se para as crianças: primeiramente canja de galinha, depois os doces e refrigerante. Após terem comido o que foi servido, são dados ás crianças uma colher de mel e um gole de água. Depois são lavadas e enxugadas as mãos das crianças. Terminadas estas etapas as crianças são levantadas da mesa por pessoas adultas ou por orixás que tenham "chegado" na mesa e conduzidos a formarem uma roda ao som de erís de Xangô. São feitas quantas mesas forem necessárias para que todas as crianças presentes participem da Obrigação. Encerrada a Mesa de Ibedji, os Orixás que chegaram durante e a Mesa de Ibedji, recolhem os itens que ainda restam na mesa e levam até o Quarto-de-santo. Os brinquedos são distribuídos entre as crianças que participaram da Mesa. Toque de Encerramento É o toque que encerra as atividades públicas do Batuque Grande. Tem uma proporção um pouco menor do que o primeiro toque, pois é antecedido pelo corte do peixe e do corte de confirmação, quando são imoladas somente aves aos orixás.A cor dos axós é preferencialmente o branco e pode acontecer a Mesa de Ibedji antes do início do toque. É nesta noite que serão dados os axés de Obés e Ifá. Entre os alimentos servidos aos convidados prevalecem os doces, além da canja, da canjica e do amalá (este feito com carne de peito de gado). Seguido do toque, no dia posterior há a levantação da obrigação do corte de confirmação. O Passeio O término da obrigação para os filhos-de-santo que estão presos por motivo de seu aprontamento ou por obrigação de Bori é o Passeio no dia posterior á Levantação, pela manhã, antes, porém o Babalorixá ou Yalorixá leva os presos até a porta da frente do Ilê e apresenta-os à rua (aos Orixás da Rua), liberando-os para saírem fora dos limites do Ilê. É comum no centro de Porto Alegre reconhecermos um grupo de presos passeando juntamente com seu Babalorixá ou Yalorixá . Saindo do Ilê vão até o centro visitar lugares de grande significado para a comunidade batuqueira: A Igreja do Rosário construída com o trabalho do negro escravo (antiga irmandade de negros) , o Mercado Público – lá compram cereais, grãos, e velas -, o Rio Guaíba ( que banha a cidade) – lá reverenciam Oxum e jogam moedas ao rio pedido prosperidade e fartura. Em seguida, vão visitar algum Ilê conhecido onde "batem cabeça" cumprimentando os Orixás do Ilê e lá depositam parte das compras feitas no mercado. De volta ao Ilê, batem cabeça no Quarto-de-santo e arriam o restante das compras feitas. Cumprimentam o Babalorixá ou Yalorixá na nova condição de Filho-de-santo pronto, ou borido (conforme a obrigação realizada).
http://www.youtube.com/watch?v=WAFRsPBZFAA
Pra quem quiser ver como é uma roda de batuque , só clicar neste link e esperar carregar , que daí todos vão ver como é que funciona o ritual de batuque.
Veja vale a pena e você vai gostar.

O ritual da balança

Chama-se balança ou cassum em homenagem a Xangô e também por conter o axé de todos os orixás em equilíbrio. Há um intervalo na movimentação da roda e os presentes, inclusive os orixás afastam-se do centro do salão, deixando espaço para a roda da balança.
Só há balança quando há ebó de quatro-pés, que é constituída exclusivamente por pessoas prontas na religião, que já tenham feito ao menos bori de quatro-pés, no mínimo 06 pessoas (conta de Xangô) podendo ser em número múltiplo de 06: 12, 18, 24, 32. Caso o número de prontos seja excedente, por ser feito mais de uma balança, aí então costuma-se fazer uma balança com pessoas de orixá de frente e uma balança com o povo de praia. Os participantes colocados lado a lado, formando uma roda de mãos dadas, dançam ao ritmo do tambor que vai gradualmente aumentando de intensidade. É quando ocorre o maior número de ocupações ao mesmo tempo, sendo somente de orixás jovens (Oxum, Iemanjá e Oxalá velhos só podem chegar depois do início dos erís de Oxum). Ao terminar a balança os Orixás cumprem o fundamento: Vão ao Quarto-de-santo, depois até a porta da rua para cumprimentar os orixás da rua e depois dançam ao som do Alujá de Xangô e do Alujá de Iansã, erís destinados unicamente pelos orixás de frente.
Há a crença de que a balança não pode ser aberta, isto é, as pessoas devem permanecer de mãos dadas até que se inicie o alujá, caso a balança arrebente algo de grave pode acontecer a um dos participantes da balança, podendo até ser a morte. Mas caso haja alguma ameaça de arrebentar a Balança Axé dos Presentes enquanto são saudados pelos presentes. Depois os bolos são servidos aos convidados e o excedente é distribuído juntamente com os mercados. São de costume também, os convidados ofertarem presentes ao Orixá do Babalorixá ou Yalorixá por ocasião de seu aniversário de aprontamento. Os presentes mais comuns são: flores, perfumes, doces, utensílios que podem ser usados no dia-a-dia do Ilê, etc. É neste momento o Babalorixá ou o próprio Orixá apresenta á todos os presentes recebidos. Levantação , limpá-las e guardá-las nas prateleiras dentro do Quarto-de-santo. Mantendo um costume desde o tempo dos escravos Passeio Saindo do Ilê vão até o centro da cidade visitar lugares de grande significado para a comunidade.
http://www.youtube.com/watch?v=8Bd4WZYA5cU
Quem quiser confirir como é o ritual da balança é só ver ai neste link.

Axé do Alujá

http://www.youtube.com/watch?v=QcUvC1zYRHE&feature=related
aqui nesse link aparece o axé do alujá , é claro que é simulação porque se a pessoa tirar foto ou filmar o orixá não vem nunca mais . Então aqui neste link tem a simulação do alujá , confiram que vocês vão saber como é um alujá , o alujá é cantado depois da balança , depois que todos os orixás chegaram eles dançam o alujá , só que só quem dança é os orixas de guerra ( menos oxum , yemanjá e oxalá , esses não podem dançar o alujá ).

Axé do Aforiba

O aforiba é o momento em que Ogum e Iansã demonstram a passagem em que Iansã embebeda Ogum para fugir com Xangô. O Babalorixá convida um Ogum e uma Iansã para fazerem o Aforiba, então ela coloca no centro do salão duas garrafas contendo atã (aforiba) e as armas pertencentes a estes orixás (espadas). Iansã toma as garrafas e oferece á Ogum que logo se embebeda, mas em seguida Ogum volta a si e vai atrás de Iansã empunhando sua espada. Os dois lutam, mas Iansã consegue acalmar Ogum e os dois reconciliam-se e voltam a dançar juntos.
Tendo um Xangô no mundo poderá vir ele fazer parte do Aforiba. Xangô vem em defesa de Iansã e com seu machado de dois gumes entra na luta com Ogum. Aí então, Iansã acalma os dois Orixás.
Os Axêres
Conforme o Batuque vai acontecendo, os orixás chegam (ocupam-se da consciência e do corpo de seus filhos) e fazem o fundamento da religião, conforme o ensinamento do Babalorixá e da Yalorixá. Feita a obrigação os Orixás "sobem", vão embora. Os orixás são despachados, geralmente por filhos-de-santo mais antigos e experientes do Ilê, porém eles ficam em "axêre" ou "axêro" (No Candomblé são chamados de Erês), estado intermediário entre a ocupação do orixá e da pessoa propriamente dita. Os axêres agem como crianças, tomam refrigerante e adoram fazer brincadeiras com as pessoas, pois seu linguajar é confuso, trocam as expressões como, por exemplo: "tigue" (tigre) quer dizer carro, "confeitaria" quer dizer bolo, "pouco" quer dizer muito, "feinho" quer dizer bonito, e assim por diante. È um momento de descontração, porém deve ser mantido o respeito, pois apesar de fazerem brincadeiras, os axêres ainda conservam a essência do orixá.
http://www.youtube.com/watch?v=mMXvMoacNUs
Este é um video que mostra como é feito o aforiba.

Lenda de Nanã Buruquê

Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, Oxalá tentou vários caminhos.
Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada.
Foi então que Nanã veio em seu socorro e deu a Oxalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Oxalá criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orixás povoou a Terra.
Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de Nanã.
Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu.

Nanã Buruquê

A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos.
O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos metais. Mãe de Omolu e Oxumare, os abandonou.
É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com búzios, seu dia é o sábado.
Sua saudação é SALÚBA !

Ibeji

Mais conhecidos como os acheros da nação , eles vem traser um aviso que o orixá não pode falar , eles vem com o seu jeito alegre que contagia todos que estão por perto , eles não vem só para falar aquilo que necessita mais sim para brincar e faser zueira.

Cosme e Damião

Eles vem sempre em finais de sessão ou também em homenagens para eles no dia 20 de novembro , nas casas de religiões eles chegam trasendo a doçura , a alegria e a inocência a quem vier buscar.
Os cosmes também tem o poder de tornar os pedidos das mulheres ou dos casais realidade , a quem pede para ele um bebê ele torna realidade , só que ele como todos os caboclos não trabalham de graça ele tem que receber um carrinho ou uma boneca , balas e outros doces.
A umbanda não requér muitas coisa , quando um pedido é aceito , é entregue pratos ou seja oferendas , pois a umbanda é caridade e amor.

Pai Joaquim

O pai joaquim tambem é um preto velho guerreiro que lutou até o último de sua vida e hoje se criou um caboclo .
Ele costuma a chegar também em pessoas com mais idades .

Preta Velha Vó Maria

Vó maria uma mulher guerreira e adorável por todos , ela costuma a chegar em pessoas com mais idades , pois ela é uma cabocla mais nova que a vovó maria , então a vovó maria ela costuma a chegar em pessoas mais novas e a vó maria em pessoas mais velhas .

Ponto cantado de Exús

Seu sete
Meu amigo de alma,
Seu Sete,
Meu irmão quimbandeiro,
Girar, todo mundo gira,
O seu Sete é,
Da Coroa de Oxalá, lará... laiá...
Girar, todo mundo gira,
O seu Sete é,
Da Coroa de Oxalá.
Oi seu Sete!

Você botou o meu nome,
Na boca de um bode,
Mas eu sou filho do seu Sete,
Comigo ninguém pode.
Você botou, você mesmo vai tirar,
É uma ordem do seu Sete,
Você tem que respeitar.

Sete pontas de faca,
Em cima de uma mesa,
Sete velas acesas,
Lá na encruzilhada,
Exú é Rei,
Alubandê Exú,
Exú é Rei,
Alubandê Exú,
Exú é Rei,
Lá nas Sete Encruzilhadas.
Destranca Rua,
Destranca os meus caminhos,
Que foi trancado,
Pelo Povo Pequenino.
Bará da Rua,
Bará o Exú,
Bará da Rua,
Saravá Destranca Rua,
Exú Bará da Rua,
Bará o Exú,
Bará da Rua,
Saravá Destranca Rua,
Mas eu não saio na rua,
Mas eu não volto da rua,
Sem cumprimentar,
O meu Bará da Rua,
Bará da Rua,
Bará o Exú,
Bará da Rua,
Saravá Destranca Rua,
Exú Bará da Rua,
Saravá Destranca Rua

O sino da igrejinha,
Faz belém, blém... blóm...
Deu meia-noite, o galo já cantou,
Seu Tranca-Ruas que é o dono da gira,
Oi corre gira que Ogum mandou.
Seu Tranca-Ruas que é o dono da gira,
Segura a gira que Ogum mandou

Exú da meia-noite,
Exú da Encruzilhada,
No terreiro de umbanda,
Sem Exú não se faz nada.
Comigo ninguém pode,
Mas eu posso com tudo,
Na minha encruzilhada,
Eu sou Exú Veludo.

Eu encontrei,
Zé Pelintra na estrada,
Chorava pelo amor de sua
amada,
Ele chorava, por uma mulher,
Chorava por uma mulher,
Oi chorava por uma mulher,
Que não lhe amava.

Exú Tiriri Lanã,
Lanã cadê o Tiriri,
Mais ele veio de Aruanda,
Pra salvar filhos de Umbanda,
Exú Tiriri Lanã.
Oi já bateu a meia-noite,
Quero ver quem vem aí...
Vamos firmar nossa corrente,
Que aí vem seu Tiriri.
Baila que baila na porteira,
Ele bateu a meia-noite.
Bebe marafo que nem água,
Quem é que vai dizer,
Que o Tiriri não bebeu nada.

Ponto cantado do Exú João Caveira

Moço, vou lhe apresentar,
Vou lhe apresentar,
Um espírito de luz,
Para lhe ajudar,
Oi moço, vou lhe apresentar,
Vou lhe apresentar,
Um espírito de luz,
Para lhe ajudar.
Ele é João Caveira,
Ele é filho de Omulú,
Quem quiser falar com ele,
Alubandê Exú.

Portão de ferro,
Cadeado de madeira,
No portão do cemitério,
Quem manda é o Exú Caveira.

Ponto cantado do Exú Omulu

Seu Omulú a ê,
Seu Omulú a á,
Atotô das Almas,
Seu Omulú a ê,
Oi salve, salve,
Salve a calunga,
Salve, salve,
Salve a calunga,
Eu vinha caminhando,
Eu lhe pedi benção,
Era o Velho Omulú,
Atotô Obaluaê,
Mas eu vinha caminhando,
Eu lhe pedi benção,
Era o Velho Omulú,
Atotô Obaluaê.
Atotô Obaluaê, Atotô Babá...
Atotô Obaluaê, Atotô é Orixá.

Caboclo Rompe Mato

Um caboclo valente e superior a todos os outros ele se criu sozinho e levava sempre em sua cabeça seu cocal que erdou do seu pai .
O seu ponto cantado é :

No centro da mata eu vi, dois nomes gravados num toco de pau
No centro da mata eu vi, dois nomes gravados num toco de pau
De um lado Seu Rompe Mato, de outro Seu Cobra Coral
De um lado Seu Rompe Mato, de outro Seu Cobra Coral
No centro da mata virgem eu vi, Seu Rompe Mato falava na língua do Guarany
No centro da mata virgem eu vi, Seu Rompe Mato falava na língua do Guarany.

Pajé

O dono da tribo dos indios do guarany ele que aucíliava todos os indios da tribo , e dava abrigo e caçava para dar oque comer para todos .

Cabocla Jupira

Cabocla jupira uma cabocla que vivia nas pedras e nos topos das árvores caçando para dar oque comer para seus irmãos.

Caboclo Tupinambá

Caboclo guerreiro , pai da linda e guerreira jurema , criou sua filha com muita garra e coragem.

Caboclo Tupimirim

Filho de Tupinambá , o tupimirim seguiu os passos do pai.

Caboclo Pena Preta

É um caboclo da falange dos pena , um lindo caboclo , só que ele chega em pessoas mais antigas.

Ponto cantado de Pomba Gira em geral

DE VERMELHO E NEGRO, VESTINDO A NOITE
UM MISTÉRIO TRAZ,
DE COLAR DE OURO, DE BRINCO DOURADO,
A PROMESSA FAZ,
SE É PRECISO IR, VOCÊ PODE IR,
PEÇA O QUE QUISER,
MAS CUIDADO AMIGO,
ELA É BONITA, ELA É MULHER
E NO CANTO DA RUA GIRANDO, GIRANDO
GIRANDO ESTÁ.
ELA É MOÇA BONITA
GIRANDO, GIRANDO, Ô GIRANDO LÁ
OI GIRANDO ESTÁ ...OIÊ.

Ponto cantado da Pomba Gira Rosa Vermelha

QUE ROSA TÃO BONITA,
QUE ROSA TÃO ENCARNADA
POMBAGIRA DA CALUNGA,
E TAMBÉM DA ENCRUZILHADA
EU QUERO VER, POMBAGIRA
EU QUERO VER,
EU QUERO VER A SENHORA
LÁ NA ENCRUZA.

Pontos cantados da Pomba Gira Maria Padilha

EXU MARIA PADILHA
TRABALHA NA ENCRUZILHADA
TOMA CONTA, PRESTA CONTA
AO ROMPER DA MADRUGADA
POMBAGIRA, MINHA COMADRE,
ME PROTEJA NOITE E DIA
TRABALHANDO NA ENCRUZILHADA
COM SUAS FEITIÇARIAS
EXU MARIA PADILHA.
OLHA A POMBA GIREEÊ
OLHA A POMBA GIRAAÁ
OLHA A POMBA GIRÊ, OLHA A POMBA GIRÊ
OLHA A POMBA GIRÀ
POMBA GIRA MARIA PADILHA
RAINHA DAS ALMAS
POMBAGIRA DAS SETE ENCRUZAS
RAINHA DO OURO
SENHORA ADORADA.
MARIA PADILHA TRAZ
LINDA FIGA DE OURO
Ô SARAVÁ, RAINHA LINDA
DE QUIMBANDA,
SUA PROTEÇÃO
É UM TESOURO.

Pontos cantados da Pomba Gira Mulambo

AQUELA ROSA QUE PLANTEI NA ENCRUZILHADA
AQUELA ROSA QUE PLANTEI NO MEU JARDIM
MARIA MULAMBO, MARIA MULHER,
MARIA MULAMBO É GIRA DE MUITA FÉ.

QUEM É ESSA MOÇA
QUE VEM ESTALANDO
OSSO POR OSSO
É MARIA MULAMBO
QUE MORA
NO FUNDO DO POÇO.


MULAMBO, A RAINHA DIVINA
A DEUSA ENCANTADA
O SEU CONGÁ TEM SEGURANÇA
A SUA ESTÓRIA É MARCADA
ELA É RAINHA, ELA É MULHER
PEDACINHO DE MULAMBO
PARA QUEM TEM FÉ.